04 junho 2010

Alguns motivos para usar o (e falácias sobre o uso do) GNU/Linux

Como está escrito em meu perfil, sou usuário Ubuntu desde 2007. Não me lembro nem porque me interessei em usar (os motivos aqui descritos foram apenas um incentivo a mais), mas estava tão empolgado que baixei o CD do Ubuntu de quase 700MB pela internet discada. Dois dias (É muita vontade mesmo).

Vocês podem ter se deparado com algo parecido pela internet afora, mas eu não copiei e colei. Criei esse com minhas próprias palavras (com algumas pesquisas, é claro).

Inevitavelmente, quando há comparações entre sistemas operacionais, os dois principais atores são o GNU/Linux e Microsoft Windows. Aqui não vai ser diferente, até porque só usei esses dois sistemas. (Quando se deparar com a palavra Linux, leia Ubuntu. É a distribuição que uso e a maioria funcionalidades que cito aqui devem se manter inalteradas em relação as outras distribuições.)

Vamos à postagem em si:

1 - Vírus? O que é vírus?
No Linux qualquer programa necessita de permissão para ser executado, e sem essa permissão, o vírus, que também é um programa, não será executado em sua máquina. Vale ressaltar que a maioria dos computadores tem o Windows instalado, e como o objetivo dos crackers é atingir o maior número possível de computadores, eles dificilmente gastam seu tempo desenvolvendo um vírus para o GNU/Linux.

2 - Desfragmentação? O GNU/Linux é eficiente.
O Linux utiliza o seu disco rígido (HD) da forma mais eficaz possível. Ele não "espalha" os dados de qualquer forma no disco para que você tenha que fazer uma desfragmentação por semana. Economia de tempo e desempenho se isto for feito em segundo plano.

3 - "O Linux é difícil de usar!"
Essa é terrível. Eu pergunto: você já tentou pelo menos? Ou: olhou, mexeu o mouse na tela, clicou em dois lugares e disse isso?
Eu vou responder com um desafio: dê para uma pessoa que nunca usou um computador na vida, um micro com Linux (p. ex.: Ubuntu). Depois de um tempo de prática, de um computador com Windows. Qual as chances dessa pessoa dizer: "Não sei usar!"? Acho que as mesmas do que aconteceria se a situação fosse inversa.
Não crie resistências em usar algo novo, principalmente você que lida com tecnologia o dia todo (Cientista da computação e afins), pois quando você menos esperar você terá de experimentar novas alternativas.

4 - Desempenho
Pra quem tem aquele Pentium 3 (800Mhz) com 256MB de RAM do ano 2000, como eu tenho (não uso, mas tenho), o Linux é ótimo para colocar ele de volta à ativa. Ele pode até não rodar os efeitos do compiz do Ubuntu, mas o básico ele vai fazer. Tenta rodar o Windows com alguns programas ativos em um micro com essa configuração: você vai sofrer.

5 - Acabei de instalar o Windows. E agora?
E agora que você não acabou de instalar coisa nenhuma. São mais 'x' drivers e 'k' programas pra você usar o micro. Sem contar os inúmeros seriais que você tem que digitar. No Linux não. Você acha o mínimo pra você usar o seu micro. Quer editar um texto? O OpenOffice está lá. Um vídeo? PiTiVi. Imagem? Gimp ou Inkscape. E se precisar instalar um programa você tem duas opções básicas: uma linha de comando: $sudo apt-get install nome_do_programa ou vá pelo Gerenciador de pacotes de sua distribuição e procure o que lhe interessar.

6 - "Quero usar o programa 'y', mas ele só possui versão para Windows!"
Em último caso existe o WINE. O WINE (Wine Is Not Emulator, em português, Wine não é um emulador) é uma aplicação que traduz as do programa para comandos UNIX, que o Linux entende, tornando o resultado do uso do programa idêntico ao uso no Windows.

Então pessoal, é isso. Só para reafirmar: exponho aqui as minhas ideias de quem já usou os dois sistemas. Esses não são os únicos motivos que me fazem usar o Linux. A liberdade que o Software Livre oferece é muito mais importante. Mas isso é assunto para outra postagem.

Abraços,

Leo Ciríaco

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